Com o nome de “Limites da Arte/Vida” o coletivo [conjunto vazio] foi convidado a fazer uma performance-palestra sobre assuntos caros ao coletivo, como a crítica à instituição-arte, a tentativa de dissolver a arte na vida e a derrocada das pretensões revolucionárias concernentes a alianças entre arte e política.
Instigados e desnorteados pelo tema, o primeiro passo do coletivo foi comprar o livro “O Que Fazer?” de Vladimir Lênin a fim de ter ideias ruins para apresentar. O que se mostrou falho mas possibilitou uma abertura inicial para as questões e aporias do tema.
Para isso, a apresentação foi estruturada em 3 momentos:
– Ligação telefônica a bancos: por meio de interação com o atendimento pré-gravado do banco a pergunta “O que fazer?” foi feita às máquinas
– Leitura do livro “O que fazer?” em chamas: queima e leitura do livro de Lênin, justamente na parte do livro onde ele explica a necessidade de uma organização adequada das massas, assim como a linguagem necessária para leva-las a revolução
– Karaôke da Internacional Comunista: exibição de um video-karaoke e performance musical composta por MIDI e vozes dissonantes sobre o tema da A Internacional Comunista
Após a palestra foi aberta uma discussão com o público, que não pareceu muito animado em discutir tais questões em uma quarta-feira de manhã (afinal, quem poderia culpa-los?).
Os seminários foram conduzidos e mediados por J. P. Caron dentro do sô(m) – Encontro Internacional de Arte Sonora, evento organizado pelo selo brasileiro Seminal Records e pela produtora belgo-brasileira Mangrove-Tentactile no SESC-MG.
A performance/palestra foi realizada em 13 de julho de 2016.
Entrevista sobre o sô(m) com artistas e realizadores, pode ser vista aqui.
O material gravado do seminário, pode ser conferido aqui.